RESTAURANTES (E NÃO SÓ...) - 5

Conforme referi no primeiro texto desta minha curta intervenção, aquilo que fui escrevendo teve inspiração numa sobremesa que me foi dada apreciar num restaurante de Sesimbra, com o nome de "Toca do Leão", do meu amigo, benfiquista de alta gema, o João Leão, que depois de se reformar está a ser explorado pelo filho, o João Paulo.

Para além do peixe, sempre fresco, embora com pouca variedade, vale a pena ir lá almoçar só pelas sobremesas, anteriormente feitas pela "patroa" como era assim chamada a D. Lurdes, esposa do proprietário, agora continuadas pela D. Luísa, que herdou as receitas.

Ora bem.

Durante alguns anos, desde o Tojal até Montemuro (Santo Estevão das Galés) reuníamo-nos, de vez em quando, na casa do Zé Reza, em patuscadas que pode dizer-se, prenunciavam os actuais encontros quintobairrista.

De entre outros, a memória vai sendo curta, eram presenças mais ou menos habituais, para além de mim, o Rui Vasco, o Vítor Gonçalves, o Cid, o Rogério, o Dores de Carvalho, com as respectivas esposas e prole. Peço perdão mas deveria haveria outros para além da família da Teresa..

Havia sempre febras e sardinhas assadas, que nunca faltavam e até leitão de Negrais. Para sobremesa, por vezes, comíamos um doce do melhor que já me passou pelo estreito, feito pela mãe do Reza e posteriormente "imitado" pela D. Teresa.

Foi a sobremesa que comi em Sesimbra, muito parecida uma com a outra, que me fez lembrar estes convívios.

Tem o nome de "Pudim Índio" e a receita é segredo de "Estado".

Lá consegui obtê-la mas com a indicação de "Não divulgar, Instruções do Sr. Reza".

Posso dizer e mais não digo, que leva açúcar, ovos, leite e claras em castelo.

Tenho cumprido religiosamente o pedido mas, pelo menos, ficam a saber que não é só o Vítor que é mandão mas tem seguidores.

Boa sorte e até uma próxima. Agora, espero, que outros ocupem o meu lugar pois o Vítor está sempre presente.

                              ESCREVE: MILITÃO CAMACHO