terça-feira, 23 de novembro de 2021

MUDANÇA?

É-me muito difícil, sempre foi,

Pôr a razão acima da emoção,

Por isso muitas vezes sou uma desilusão.

E disso tenho a certeza,

Mas será que vou mudar?

 Não, não será agora que me vou violentar.



 




                  Escreve: VÍTOR 

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

POETA E MENDIGO

SEBASTIÃO ALBA

Morreu atropelado, em Outubro de 2000, numa rua de Braga, aos 60 anos.

Escrevia poemas em papelinhos que ia pôr debaixo da porta de amigos.
Era uma Biblioteca ambulante, falava de literatura, música, política, física, matemática... tudo e mais alguma coisa.

Era o puro idealista e nunca se queixava. Era, apesar de tudo, um auto-irónico.
As filhas e alguns amigos tudo fizeram para o tirar da rua, mas em vão.

Quando por acaso ia a casa de alguma filha dormia na cozinha embrulhado numa manta.

Em 19 de Novembro de 2000 na revista Pública saiu uma reportagem  onde colhi estes elementos e que guardo.



A vida deste ser humano era digna de um filme, mas como estamos em Portugal...




Último poema

Nestes lugares desguarnecidos
e ao alto limpos no ar
como as bocas dos túmulos
de que nos serve já polir mais símbolos?

De que nos serve já aos telhados
canelar as águas de gritos
e com eles varrer o céu
(ou com os feixes de luar que devolvemos)?

É ou não o último voo
bíblico da pomba?

Que sem horizonte a esperamos
em nossa arca onde há milénios se acumulam
os ramos podres da esperança.

Sebastião Alba

Sebastião Alba, pseudónimo de Dinis Albano Carneiro Gonçalves, n. 11/3/1940 - f. 14/10/2000.

 Vencedor do 
GRANDE PRÉMIO DA LITERATURA DOMINGOS SILVA TEIXEIRA em 1996.



                      Escreve: VÍTOR 

domingo, 21 de novembro de 2021

UMA BOMBA !


Um belo dia ia o Carvalho com o Afonso (quem o dera ainda cá!) num táxi quando um diz para o outro: «Meteste a bomba no porta bagagem?»


Não é que o fogareiro desvia-se da rota e vai a caminho da Praça da Alegria onde na época haviam dois bares, o Frontória dum gajo de Viseu e o Maxime, o Hot club, a Márcia Condessa , os Bombeiros Municipais e ainda a sede da FPFUTEBOL, ao meio um Jardim com bancos corridos e uma esquadra PSP para onde o taxista se dirigiu e saindo em passo de corrida perante o pasmo  dos dois!!!

Pouco tempo após aparecem dois pasmas armados e ordenaram que saíssem do veículo.
Depois duma revista com minúcia tudo foi debalde (não, não havia fogo!!!) pois bomba nem vê-la!!!
Não havia e nem podia haver porque se alguém era pacifista no 5º. Bairro eram eles!!!
Só lamento não ter participado nessa rocambolesca trágico-comédia mas garanto que foi das poucas vezes onde a minha presença faltou!!!




                         Escreve: VÍTOR 

sábado, 20 de novembro de 2021

NOITE NA DISCOTECA E SEM BATOTA!

 

Como o Vítor já escreveu, após o desmembramento do 5º Bairro, a “malta do costume”, organizava-se, e ia jantar pelo menos uma vez por mês.

Um belo dia, após o repasto, não fomos para casa de nenhum batê-las.

Onde vamos onde não vamos, pois a noite ainda era uma criança. Ao contrário do que era costume, não foi o “ditador” a impor a sua vontade.

Foi-o o Luís Carvalho.



Vamos todos para uma discoteca dum gajo meu amigo, que, se não me engano, era em Campo de Ourique ou em Alcântara.

Chegados lá, sentados naqueles bancos baixinhos para que as “mademoiselles” possam mostrar as belas coxas, pediu-se as bebidas.

Whisky para um, whisky para outro, e eu?

Como sabem ou talvez não, não gosto de whisky. A minha bebida é vinho tinto.

Ora naquele “ninho” não tinham vinho, nem branco nem tinto, pelo que disse que não queria nada.


Qual não é o meu espanto quando, passado um bom bocado, aparece um funcionário com uma garrafa de 3,75 cl duma zurrapa qualquer, se não me engano Convento da Vila, mas enfim já “estava na minha casa”.

Ainda não tinha tocado na garrafa quando o Luís de Carvalho, que falava mais com as mãos e os braços que com a boca, num daqueles movimentos característicos dele deu um piparote na garrafa que foi parar ao chão e, para mal dos meus pecados, para cima de mim.


Escusado será dizer que, no dia seguinte, houve sermão e missa cantada mas, como diz o meu grande amigo Dores Carvalho, aquilo dá-lhes depressa mas ao fim duns dias de resmunguice passa-lhes.





Sempre certeiro o Dores de Carvalho.

 

 






                    Escreve: MILITÃO CAMACHO

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

18 MÁXIMAS E 1 SUPER-MÁXIMA!

 1.º-O alcool embriaga;



2.º-A monotonia deprime;



3.º-O ócio dá prazer;



4.º-O tabaco intoxica;




5.º-O sal entope;



6.º-A emoção arrepia;




7.º-O riso desopila;




8.º-A visão deslumbra;




9.º-A espera impacienta;



10.º-A droga mata;




11.º-A injustiça revolta;



12.º-A justiça é lenta;




13.º-A ilegalidade é tentação;




14.º-A paixão é alucinação;



15.º-A educação é necessária;




16.º-A pobreza avilta;




17.º-O amor é vital;




18.º-A amizade é tudo e a mais alta forma de amor;



19.º- E não há nada como a dos QUINTOBAIRRISTAS!!!







ESCREVE: VÍTOR