Lembrei-me, agora, de um episódio que passou comigo o Vítor e o Afonso.
Era mais uma tarde de Agosto, anos 78/79/80, não sei precisar. Trabalhar em Agosto tinha algumas vantagens, pouca gente, sem grandes pressões da administração, dava para disfrutar pequenos detalhes da cidade que estava em hibernação, havia mais atenção por parte dos fornecedores de serviços, mais espaço e para combater o calor, algo fresco, coisa que não faltava em redor. Saímos os três a caminho de Benfica:
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| O TRIO EM "ACÇÃO" |
João Vitor, Afonso e Vítor Gonçalves.
Passávamos pela Gulbenkian, e falávamos do excelente local, onde alguns fumavam um charros, dizíamos nós, outros mais virados para os museus, mas, no fundo era e é um espaço muito zen, E prosseguímos a caminhada até à Tia Matilde.
Já no Bairro de Santos, do lado da linha do comboio, havia uma entrada para o excelente local, que à altura era mais modesto, tinha um balcão do lado direito que dava para a cozinha e umas mesas do lado contrário onde nos sentavamos.
Quando o Vítor aparecia o Tio Emílio ficava feliz e tratava-o muito bem, eu e o Afonso éramos espectadores. Mesa posta, com prato de presunto, pão e uma Palácio da Brejoeira, no frapé com gelo e água.
O Vítor nos seus vipes e acalorado com o tempo diz: está um calor do caraças!
Vai daí tira as meias e coloca-as no frapé para arrefecerem! Quando o tio Emílio vê aquilo, dá meia volta e faz de conta que não tinha visto nada e já não voltou!
Tinha muita amizade com o Vítor e talvez, fosse das pessoas a quem permitiu algum devaneio.
ESCREVE: VÍTOR GONÇALVES
