MAIS UMA DE CONCURSOS...

Em meados dos anos oitenta houve um concurso para peritos de segunda e inspectores tributários nível 2.
Julgo que era assim que se chamavam às categorias a que os candidatos se propunham.

Tinha tomado posse como Técnico Verificador Tributário, no ano de 1981, no então 10º Bairro Fiscal de Lisboa.
Como comparsa de muitas aventuras tive o nosso muito amigo, companheiro e camarada Afonso.

Ele, no contencioso e eu na fiscalização, digamos assim.
Já aqui contei uma de copos na tasca do Sr Pereira no Bairro da Liberdade onde íamos da parte da manhã que, à tarde, se fazia tarde, Entendem?
Pois, por essa altura, lembraram-se de abrir um concurso de progressão na carreira.
Carreira só conheço a de tiro!...
Eu estava nas minhas sete quintas.

No Décimo Bairro tinha tudo o que precisava para me sentir realizado.
Uma sala para a fiscalização local, boa camaradagem, um leque de processos variado e virado a incentivar o contribuinte a cumprir as obrigações tributárias, estamos aqui a falar essencialmente do Grupo C e B sem escrita selada, da Industrial e dos livros de compras e vendas, que eram uma treta mas que tinham de estar escriturados, etc. e, acima de tudo, que nos olhassem de outra maneira que não fosse como fiscais.

Pois a nuvem negra pairou sobre a minha cabeça.
Ir a concurso significava deixar uma zona de conforto para ir para a Direcção e ficar sujeito a percorrer o Distrito.
Ná isso não me seduzia.
Assim resolvi que não ia realizar o teste.



Foi meu companheiro de ideias o Luís Pessoa. Não sei se conhecem!
Combinámos e apostámos, o que vos parece?, umas vejecas a pagar para quem saísse primeiro da sala do Liceu Maria Amália, que segundo julgo foi onde se realizou a prova, depois de entregar a prova em branco.
Mal sabia eu que em 1990 ia mesmo parar à Direcção.

Boa mer....

Talvez esta tenha continuidade




            ESCREVE: CAMACHO