SEIA NO CORAÇÃO DE UM ALENTEJANO

 Era um sábado, 3 de Dezembro de 1966, quando depois de uma viagem, toda a noite, no combóio correio, cheguei a Seia pelas 9 horas da manhã para iniciar a minha vida profissional.

Como quem não tem passado não tem futuro, trago à estampa algumas recordações desse tempo maravilhoso.

Foi ano e meio cheio! De coisas boas, melhor, muito boas!!!

Fui bem tratado por toda a gente e fiz amizades para a vida. Do Carlos Melo ao irmão Fernando, do Rui Matias ao Carlos Neves e esposa Natália, do Jorge São Pedro ao professor Macário, mas ainda aos meus colegas, Lucílio (já falecido) e Leonor sua esposa, ao Miguel, Rodrigues, Camelo, Costa etc. etc. etc....

Com alguns falo regularmente, estórias foram aos "pontapés, desde ouvirmos a Rádio Voz da Liberdade com locução do Manuel Alegre, ao desporto. Em Gouveia realizámos um jogo de andebol, com resultado do futebol, perdemos 4 a 2 e alguns dos nossos jogadores fizeram a sua estreia, que foi também a sua despedida!

 De negativo, apenas que me recorde, dois factos: as más relações que tive com o Sargento da GNR, o Espadinha e o guarda Leitão, bem como com o Tesoureiro da FP  que me queria levar a Cursos de Cristandade! A mim, sempre fui um ateu militante!!!                                                                                                                         

 Para terminar, por hoje, devo dizer para que conste e é verdade, guardo Seia no coração, pelas amizades e pela forma como fui tratado e ainda um agradecimento à D. Letícia, mãe do Carlos Melo por uma Páscoa que lá passei.

Breve voltarei a Seia antes que seja demasiado tarde.

Bem-haja a todos os Senenses, deste alentejano de Beja.

                                           ESCREVE:
       VÍTOR