terça-feira, 24 de novembro de 2020

GRILANÇOS!...

 Hoje, se mo permitirem, vou recordar os Grylloidea.


Quando era rapazola, na rua onde fui criado, na altura do Verão aparecia sempre um homem a empurrar um triciclo, cujo barulho se ouvia a "quilómetros" de distância. 
Sua ocupação: vender grilos! 
O barulho: a estridulação da "mercadoria"!

Depois de muito implorar, o meu Pai lá comprava um bicho que eu e meu irmão púnhamos numa gaiola e alimentávamos a alface ou serralha.

Claro que o grilo, pouco tempo durava, pois normalmente vive de quatro a seis meses.


Só que emite um som tal que, quando os meus pais tentavam dormir, ia parar à varanda (não, não era à retrete, mas por pouco!).

Hoje já não os vejo  por aí, especialmente nas noites quentes do Algarve, onde eram aos milhares. Coisas que o homem tece!



A forma de os manter não diferia muito do modo como temos os canários hoje em dia nas nossas residências, por exemplo, colocados em gaiolas, como as que conservo e aqui mostro.

Um, o cosmopolita, que era comprado ou ao homem do triciclo ou numa drogaria ali perto, o outro, o artesanal, que era feito a partir duma cana que é cortada e, na base, leva uma rodela de cortiça para alargar as fendas mas de tal maneira juntas para que o bicho não pudesse fugir, o que nem sempre acontecia.

Lembram-se?




ESCREVE: MILITÃO CAMACHO 

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