quinta-feira, 20 de março de 2014

DE PENHA "GARXIA", O SENHOR "AGEVEDO", O SUB-CHEFE SEM MEDO! SENTIDA E RESPEITOSA HOMENAGEM

POR AQUELAS BANDAS ERA SEMPRE CARNAVAL...
Era como agora, próximo da época Carnavalesca, estávamos no ano de 1978/9, e os preparativos eram na sala das execuções, no primeiro andar, onde estava, acampado, um grupo de foliões danados para a brincadeira, todo o ano:
André, Afonso, Mendanha, Noé, Gago Mendes e o Chefe da secção, mais discreto, o senhor “Agevedo”, que perguntava sempre que via alguém que conhecia:
CARNAVAL
COM AS MÃOS NOS TOMATES...
Vai um “cafeginho”?
E de seguida, como que acometido por uns tiques, fazia o seguinte: sacudia o pó das bainhas das calças, colocava as mãos dentro dos bolsos, de forma rápida, como que a tocar um bilhar de bolso a compor as partes baixas.
Mas, tudo mudava e brilhava, quando via a “Tereginha”, compunha-se todo, empertigava-se e oferecia-lhe um “rebuxadinho” para a “tóxe”.
É PARA A TÓXE,,,
Bem, deixamos este quadro ternurento e vamos lá ao que interessa:
Para começar, havia que comprar, umas garrafinhas de mau cheiro e uns estalinhos, depois logo se via.
Ó TEREGINHA, VAI UM REBUXADINHO?
A conspiração carnavalesca estava imaginativa, também havia que tratar da almofada, pois era um elemento importante, aquela almofada apoiava as partes ao fundo das costas, do Senhor “Agevedo” e que, periodicamente, como nos barbeiros, era virada para arejar dos odores de algum descuido.
Por fim, quem é que iria colocar uns alfinetes, pequeninos, na almofada?
Quem é que tinha essa coragem?
E se ele não virava a almofada?! Lá se ia a paródia, não surtia efeito. Mas não, ele iria virar!
Havia que ter esperança.
Mãos à obra, preparou-se tudo e desapareceu, num ápice, toda a gente.
AH SEUS TARADOS XEXUAIS!
E agora o acontecimento:
Repartição fechada, dezasseis horas, ai vem ele, pessoal, avisa alguém. Depois do “cafeginho”, entra e sacode a almofada, manda umas laraxas para toda gente e toca a sentar...
Ai! Ai! Ai! Que me iam matando seus canalhas e desata a mandar umas bojardas para todo o lado, isto não fica “axim”, vou já “fager” queixa ao “Xor” Leal, seus isto e aquilo...
Ai, começa a segunda parte, o André e o Afonso já no corredor da sala do chefe, haviam colocado no chão, junto do gabinete, uns estalinhos.
BAILINHO DOS ESTALINHOS
E quando o Senhor “Agevedo”, (que nos perdoe por estas palermices, de certa forma inocentes...) se aproxima, pisa os estalinhos, Pás! Pás! Pás!
ALGUÉM SE LARGOU...
Fica surpreso, pelo inesperado e pelo barulho, volta para trás, para a sua sala, entra, (aqui agora não me lembro se havia porta) e deu conta de um cheiro nauseabundo, a ácido clorídrico das garrafinhas de mau cheiro, que já tinham rebentado na sala, julgou que alguém se tinha borrado e saiu.
BOMBINHAS DE MAU CHEIRO!
Agora, havia que lhe pedir desculpa e fazer compreender ao Senhor “Agevedo”, da impetuosidade e do inconformismo, próprio da idade da canalhada, numa época toda ela carnavalesca.
ATÉ PARECIA CHEIRO... NATURAL!?












AXIM, NÃO!
[Esclarece-se, como nos filmes, que qualquer semelhança da história aqui relatada, com a realidade, é pura coincidência e as figuras referidas são ficcionadas].









Escreve: Vítor Gonçalves

8 comentários:

  1. Olha ó Alto de Pina se ainda pinares como escreves é sinal que o viagra para ti ainda está longe!!!Não me adianto mais pois as paredes, algumas, têm ouvidos, boca, tacto,olfacto e ...olhos!!!

    ResponderEliminar
  2. Esta crónica evoca. num tom absolutamente fantástico, o bom do Azevedo, de Penha Garcia. Aqui gostaria de relembrar o nosso colega, amigo, e saudoso Baptista seu conterrâneo. Para acrescentar ao texto só posso referir uma situação à qual ele era, digamos, irracional. Quando, para o provocar lhe fazíamos. imitando um porco - "rrroomm, rrroomm, rrroomm, penha garcia". Os Olivais, onde morava, ficaram mais pobres pois, mesmo depois da sua morte e estando a trabalhar na DFL na Expo alguém me falou nele com profunda admiração. São assim os quinto-bairristas. Camacho

    ResponderEliminar
  3. Hoje a uma destancia de 35 anos aproximadamente, evocamos uma geração de pessoas, solidarias, imaginativas, brincalhonas, trabalhadoras e essencialmente humanas.
    Nao queria ser nostalgico, mas, existia no grupo um espirito de proximidade e nao era uma palavra vã, tomavam-se algumas atitudes proprias da idade, que poderiam nao ser as mais recomendaveis, no entanto havia respeito.


    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Estou inteiramente de acordo e mais nós gostávamos e gostamos uns dos outros.Não quero ser ingénuo mas afirmo convictamente que invejas e outras "anomalias" que tais não encontrei nem encontro entre a malta QUINTOBAIRRITA. Mas noto haver entre os outros que connosco não trabalharam um misto de algo que não consigo entender, talvez entre a admiração e o não terem feito parte da equipa!!!Não sei se me expremi bem.Abraço

      Eliminar
    2. Gralhas:QUINTOBAIRRISTA e exprimi!!!Aqui é que está correcto!!!Ou será que não?Vão dar banho ao cão!!!

      Eliminar
  4. Venham de lá uns fortes abraços, daqueles de partir os costados, para celebrar os bons momentos.
    Venham igualmente, umas gargalhadas sonantes representativas de boa disposição.
    Apareçam com bengalas, muletas, andarilhos, cadeira de rodas, ao colo das enfermeiras, mas, apareçam estejam como estiverem e não deixem que isto acabe.

    ResponderEliminar
  5. Nem penses que isto acabará!!!Tinhamos que estrefegar o Luis Pessoa que hoje deve estar com um sorriso sacanita e nem uma palhinha lhe caberá hoje no trazeiro de trás!!!Ganharam bem mas à volta cá vos esperamos!!!

    ResponderEliminar
  6. Se vens ler porque não dás um bitaite?

    ResponderEliminar