segunda-feira, 30 de janeiro de 2012




ROTEIRO PSEUDO-GASTRONÓMICO DO 5º BAIRRO (EPISÓDIO UM)

                                   Escreve: Militão Camacho (Filho)

Saúde.
Passou-me uma ideia e vou tentar pô-la em prática, mas terão de ser TODOS, a colaborar com histórias lá passadas –  hoje será sobre o Pessegueiro e o Vítor já se adiantou sobre o Lobafo.
Vou tentar fazer o roteiro “gastronómico” do 5º Bairro, desde o “ovo - Pessegueiro” até à “galinha – O Pélé”. Basta que todos se lembrem e queiram contar uma passagem por estes locais de culto que irão desfilando.
Hoje sobre o edifício onde todos nós nos aventurámos a trabalhar, vendo-se a varanda de onde eram projetados os chamados “livros voadores”.
À esquina, onde não se tocava concertina, a célebre leitaria do Pessegueiro.
Neste local de gratas memórias (quem conta como por exemplo era muito difícil ir à casa de banho na cave), havia uma coisa que nunca poderia faltar – uma garrafa de “Macieira”.
Estou aqui a recordar um dos homens mais rudes que conheci a falar mas com um coração de pomba, como soe dizer-se. Estou a referir-me, como já adivinharam, ao Sr. Marques Lima. Homem de beber canecas, enquanto o meu pai bebia imperiais e lhe chamava “maricas” por isso.
Sua esposa, de nome Fernanda ao que julgo, a idade e o tempo já não perdoam, trabalhava nos TLP e era de uma candura resplandecente. Foi um casal de quem gostei muito e que visitei até ao fim das suas vidas no Bairro Azul.
“ Vá Camacho”. “É boi” respondia o meu pai no seu sorriso maroto.
Um pedido: Contem coisas mesmo sem sentido e não deixem o blogue morrer.
Na próxima, vou ver, mas esperem por todos os locais de culto de que vou lembrando e já são muitos, mas um de cada vez.

4 comentários:

  1. Boa ideia, Camacho! Já que uma parte da nossa vida quintobairrista era passada a almoçar e a lanchar umas amarelas, com uns pequenos-almoços a roçar o pornográfico (eu sei do que falo!), é uma ideia excelente falarmos disso.
    Dentro em breve vou falar do Pélé e de umas "expedições punitivas", em que tudo o que aparecia... "morria"!
    O grupo tinha "pinta", mas não era de varicela!
    Fiquem para ler! Ou melhor, venham ler porque parecem estar todos ausente em parte incerta!...

    ResponderEliminar
  2. Isto não é bem uma resposta pois tenho pressa mas falta referir um ganda lagartão que numa cadeirinha de rodas vendia jogo, o nosso ganda amigo LUIS e que tinha estacionamento garantido entre o Pecegueiro e o Lobafo.Quem não se lembra?E as discussões que tinhamos à segunda-feira de manhã?Quanto a sermos apenas 3 a "falar" por agora não tem a minima importância pois tudo começa lentamente e depois...

    ResponderEliminar
  3. Agora venho com mais calma...alentejano sempre com...calma!!!Boa ideia Camacho e não vou, não vamos desanimar pois isso é próprio dos fracos!!!Vais ver que isto mais dia menos dia ganha "gás" porque o "esforço" do Pessoa será recompensado!!! Deixar morrer o blogue?Só se o Luis Manuel não botar as croniquetas que tu e eu vamos enviando...já o MSTavares dizia "não deixem morrer o David Coroquete"!!!Comigo só morre o que não quer viver...mas deixemo-nos de filosofias baratas para te dizer que é ou será que com uma certa nostalgia iremos "ver" os sitos onde nos empantuzinávamos de muito pouca comida mas de muita "bubida", já agora ecordo que muitas vezes quando a malta pedia a sobremesa eu dizia"quero meia garrafinha de tintol"...se isto não é verdade...haja alguém que me desminta!!!Eu espero que as fotos tenham bom enquadramento visual e se puderes mostrar os "intestinos" de alguns deles(restaurantes) será ainda mais interiorizado pela malta que naqueles anos passava a vida a encher a mula!!!Do Luis já falei e do Pecegueiro pouco tenho a dizer porque na realidade quando me lembro do asseio daquela casa quase que me vêem os bofes à boca e assim sendo como acabei de almoçar...

    ResponderEliminar
  4. O Vitor é que escreve e comenta o que escreve. O chamado "faz-tudo". Hoje sou eu que escrevi e vou comentar. Faltou dizer que o Pecegueiro (aqui corrijo a grafia) foi diversas vezes assediado para trespassar a leitaria. Nunca o fez até aparecer o Pires que transformou o local no "Sandro", dando-lhe o asseio que há muito não se via. Pelas mãos de sua esposa, D. Fátima, comia-se dos melhores salgados que me foi dado saborear. Hoje está estabelecido no São Remo e na Tofa na Rua do Ouro e, a leitaria, ainda está, tanto quanto sei, nas mãos de quem a adquiriu ao Pires. Camacho

    ResponderEliminar