Era uma Biblioteca ambulante, falava de literatura, música, política, física, matemática... tudo e mais alguma coisa.
Era o puro idealista e nunca se queixava. Era, apesar de tudo, um auto-irónico.
As filhas e alguns amigos tudo fizeram para o tirar da rua, mas em vão.
Em 19 de Novembro de 2000 na revista Pública saiu uma reportagem onde colhi estes elementos e que guardo.
A vida deste ser humano era digna de um filme, mas como estamos em Portugal...
Último poema
Nestes lugares desguarnecidos
e ao alto limpos no ar
como as bocas dos túmulos
de que nos serve já polir mais símbolos?
De que nos serve já aos telhados
canelar as águas de gritos
e com eles varrer o céu
(ou com os feixes de luar que devolvemos)?
É ou não o último voo
bíblico da pomba?
Que sem horizonte a esperamos
em nossa arca onde há milénios se acumulam
os ramos podres da esperança.
Sebastião Alba, pseudónimo de Dinis Albano Carneiro Gonçalves, n. 11/3/1940 - f. 14/10/2000.
Vencedor do
GRANDE PRÉMIO DA LITERATURA DOMINGOS SILVA TEIXEIRA em 1996.
Escreve: VÍTOR
Porra, porra... Ganda porra pró bicho!!!! Boa
ResponderEliminarBoa malha Vítor!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarBem visto ó Pessoa com aquele poema!!!JV
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