O prometido é devido e aqui vai a primeira história das minhas aventuras no domínio da lerpa.
Estávamos entretidos na jogatana quando fomos atacados.
Escusado será dizer que foi o pânico geral, até porque era o primeiro ataque que sofríamos ao aquartelamento.
Cartas pelo ar, dinheiro também e cada um foi para o seu lado.
O Capitão ficou mudo e quedo, sentado na cadeira onde estava, e de repente disse para o cantineiro que estava por debaixo da mesa:- “Alves, vai-me buscar uma cerveja:”
O Alves coitado estava borrado de todo e não queria ir, ao que o Capitão, com aquela voz de trovão que tinha, lhe disse:- “Ou vais buscar a cerveja ou então tenho que ir eu!”. Aqui o Alves lá foi busca-la, mas muito a contragosto.
Depois de bebericar a cerveja disse:- “Agora é que vou ver o que se passa!”.
Até de mais sabia o Capitão que o “quartel” estava seguro com a malta que estava nos abrigos e que fazia a sua protecção.
Foi aqui que aprendi que o pânico não resolve nada e em futuros ataques que sofremos mantive a calma necessária e que bem útil se revelou na vida que iria enfrentar profissionalmente.
Obs;- “Quartel” está entre comas porque chamar quartel àquilo é um crime. Eram quatro casas com armação de ferro revestidas a chapa ondulada!...
Vejam a foto em anexo tirada com o meu pelotão junto de uma das casernas!
Boa Camacho ganda córtel! Só mesmo com lerpa e bjecas
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