Quando no dia 31 de Dezembro de 1976 entrei no 5.º Bairro, para tomar posse, fui "entregue" ao sub-chefe Marques Lima pelo próprio chefe Mendes Leal, para as formalidades da praxe.
Assim que cheguei ao "gabinete" do senhor Marques Lima, em frente do Farinha, que não conhecia, logo ouvi o meu nome:
- Pessoa, o que fazes aqui?
Era o Baptista, meu colega em Viseu, no Liceu, mas principalmente colega na "faculdade", o primeiro andar do Café Rossio, onde havia bilhares e matraquilhos.
- Venho tomar posse - respondi - trabalhas aqui?
E para meu espanto, vejo o Baptista dar a volta ao balcão e quase correr pelo corredor, atrás do senhor Mendes Leal.
Não deu para entender!
Fui à tesouraria comprar o selo fiscal para o termo de posse e, creio, o papel selado e depois de tudo preenchido e assinado, o Baptista veio ter comigo e disse-me:
- Ficas aqui, na Receita Eventual. O Chefe prometeu que vinha mais um funcionário para cá e vais ser tu. Escapas a décadas de alfabetar!!
Na altura não entendi nada do que ele disse, mas mais tarde percebi que a alternativa era o Imposto profissional onde havia milhões de verbetes para alfabetar, ano após ano...
Uma grande saudade, Amigo!
ESCREVE: PESSOA
Finalmente vou começar a ler!!!Força ó meu que terás bastante para escrever sobre o nosso companheiro que tão cedo nos deixou!!! João Vitor
ResponderEliminarAlfabetar, escrever conhecimentos que eram autênticos linguados foi sina naquela casa!!!
ResponderEliminarTambém em Beja havia o Cortiço!!!Petiscos e cervejame à farta!!!Aí foi o primeiro emprego do àrbitro internacional há pouco tempo falecido José Alberto VEIGA TRIGO!!!
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