A cidade era o que era e
todos sabíamos onde encontrar quem.
Com o Baptista era o mesmo. Todas as noites havia paragem obrigatória na “faculdade”, o salão de jogos do Café Rossio, que em Viseu funcionava como “campo neutro”.
Com o Baptista era o mesmo. Todas as noites havia paragem obrigatória na “faculdade”, o salão de jogos do Café Rossio, que em Viseu funcionava como “campo neutro”.
É que tudo era muito
separado, o pessoal betinho e de direita reunia-se em certos cafés, o pessoal
mais esquerdista – na época chamavam-lhes oposição - reunia-se noutros e
raramente se misturavam e quando acontecia era para andarem à trolha!
Por motivos óbvios, estávamos muito distantes,
o Baptista era muito conservador e nem pensar em entrar no Monte Branco, que eu
frequentava e onde a PIDE também era presença mais ou menos assídua e por isso
era na “faculdade” que essas diferenças se esbatiam.
Uma bilharada ao “perde-paga” ou, aos sábados, uma caça aos patos, o mesmo é dizer, sacar a “féria” aos trolhas, que entravam cheios de massa e armados em temíveis jogadores de “pool” e saíam bem depenados por nós!
Café Rossio - VISEU No primeiro andar a nossa"Faculdade" |
Ó Baptista, ganhámos ali bom dinheiro, pá! E nessa altura não havia números de contribuinte nem programas de facturação!
Três óptimas razões para um comentário que poderia ser um texto para o blogue. Primeira - o regresso dos textos do Sr. Administrador; segunda - o vir evocar um grande amigo por quem nutria, para além da amizade, um profundo respeito e que tão cedo partiu, ao que "julgo" por negligência médica; terceira - the last but not the least - o fazer-me relembrar os três anos que estive no 5º Bairro… Ver meu texto "Chefe Leal, Branco e moi même". Com que então ías alfabetar e quem se tramou fui eu. Porra!
ResponderEliminarTem calma contigo, Camacho. Eu não tive responsabilidade pelo "desvio" que sofri a meio caminho! Foram "cozinhados" do Baptista... Solidariedade beiroa? Quem sabe?
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarComo o meu comentário não entrou vou expôr o que queria.
ResponderEliminarDurante alguns anos não faziamos outra coisa que era alfabetar, tirar conhecimentos e andar com os processos dum lado par o outro!!! E atender os utentes com filas ou bichas com dezenas e por vezes centenas de metros!!!
Tirar conhecimentos era o mais "gratificante" pois dias e dias a escrever, escrever...e ainda escrever a monotonia era total.
Puxava à brava pela inteligência...virtual!!!
Finalmente surgiu a informatização que já não nos foi "servida" no 5º. Bairro Fiscal!!!
Não fosse o nosso companheirismo e o sentido de entreajuda e muitos de nós teríamos quase "enlouquecido" ou os incidentes teriam sido mais que muitos e não refiro nomes pois não é necessário, todos conhecíamos alguns colegas com uma certa pedrada ou uma pedrada...certa: Não?
Resultado da maioria ter participado na guerra colonial de triste memória e com os nossos governantes e os de cima da escala hierárquica positivamente a "cagar-se" para o estado psiquico em que chegávamos!!!
Eu falo por mim que nessa época apanhei 5 ou 6 faltas injustificadas, todas justas, por não me apetecer ir arranjar uma justificação por incapacidade para agir ou reagir o que até seria fácil...
Enfim...
Vítor
(Este comentário não entrou porque o Vítor não conseguiu inseri-lo. Aqui fica)