AVENTURA NA NIGHT COM O ZÉ MELATO (PARTE 1)

Quando o Zé Melato atravessou alguma perturbação com o divórcio, chegámos à conclusão que podia ser positiva uma expedição punitiva nocturna, com muitos copos e farra.

O dia escolhido foi uma sexta-feira, porque no sábado só trabalhavam metade dos funcionários. Na Eventual, o Baptista estava de férias, o Reis Duarte de baixa, portanto, sobrávamos nós os dois. Eu ia trabalhar e o Zé Melato folgava.

A noite começou na Baixa, com copos porta sim, porta sim, petiscos e copos, copos e petiscos, até que, já madrugada, avançámos sobre o Parque Mayer, para uns copos no Galo D’Ouro ou no Cantinho dos Artistas.

Ainda nos Restauradores, proferi um discurso "às massas", demonstrando que as pessoas eram burras por descerem as escadas para o Metro, porque era muito mais prático e fácil entrar por cima e, se melhor o disse, melhor o demonstrei: Saltei a grade. Esperei que o ponteiro dos segundos do relógio chegasse ao zero e atirei-me!

ZÉ MELATO - um companheirão!

Espatifei-me lá em baixo, claro, mas provei a minha teoria, porque demorei a chegar muito menos do que se fosse pelo caminho normal!

Ao subir as escadas, alguém notou que estava com a camisa cheia de sangue… O nariz foi ao chão, ou coisa que o valha!

Entre risos e aplausos dos assistentes, seguimos para a avenida, que começava num local icónico, o Café Palladium, em cujo primeiro andar havia uma sala de bilhar e outros jogos menos “naturais”, onde corria muito dinheiro… Como já estava encerrado, seguimos, avenida acima...









                                                          ESCREVE: PESSOA