Muita malta me pergunta o que se passou com um indivíduo
que se lançou ao mar na nossa viagem entre Lisboa e Lourenço Marques.
Pois aqui vai a história entre o que me contaram, e o que
eu presenciei.
No nosso batalhão havia um soldado, de seu nome Óscar, que
era cozinheiro da CCS.
O sonho dele era ser atirador para matar muitos “turras”,
tanto assim era, que ele era voluntário para todas as operações que implicavam
ir para o mato.
A história dele começa muito novo como artista de circo onde era trapezista, daqui a alcunha dele “TARZAN”.
No barco, ao fim da tarde, após a abertura do balcão dos
praças, onde se vendia cerveja, era vê-lo a apostar que se atirava por cima da
amurada e que não acontecia nada.
Como era? Ele armava uma corrida, fazia um flik-flak e aí
vai ele. Ficava então suspenso numas cordas que o Niassa tinha, na borda fora,
que julgo que serviriam para proteger o navio nas ancoragens.
Só que tantas vezes o cântaro vai à fonte…
Nesse dia falhou-lhe o pulso e foi bater com os costados na
água.
O grande problema foi parar o navio e fazê-lo regressar ao ponto onde a boia continuava a emitir o sinal luminoso.
Depois de conseguirmos, com o navio a marear junto da boia,
desceu um escaler com marinheiros e um médico.
Andaram, andaram e nada.
Entretanto fez-se noite e já se via ao longe as luzes de
Luanda.
Quando vinham para o navio deram com o Óscar a nadar
tranquilamente e ao traze-lo para dentro perguntando o que tinha acontecido a
resposta dele foi: - “Deem-me um cigarro” e pôs-se a fumar tranquilamente.
Depois outras histórias há para contar.
ESCREVE: CAMACHO
em todo o lado há palermas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!x
ResponderEliminarAtira-te ao mar e diz que tempurrarem!!!Zé Maria Pincel!!!
ResponderEliminar