Tendo em mente o almoço/convívio de dia 23 no Pinóquio, com uma mariscada, lembrou-me de mais que um episódio acontecido na minha Companhia, quando estive em Moçambique.
Como sabem Moçambique, em especial a costa de Cabo Delgado, é fértil em camarão e lagostas.
Só que nós estávamos muito longe, mais de 500 km, de Porto Amélia (actual Pemba) ou do Ibo locais onde, por uma cerveja, um nativo ia mar fora, apanhar as melhores lagostas que conseguia.
Para além dos perigos que a travessia de Cabo Delgado acarretava, basta lembrar nomes como Mueda, Sagal, Miteda, Omar, Nassombe, Nangolo, etc. havia a falta de estradas e, as que havia, no tempo das chuvas, ficavam intransitáveis.
No entanto a gula era imensa e o desenrasca fala sempre mais alto.Nós éramos abastecidos de frescos na época das chuvas, fruta, legumes, carne e peixe através dum táxi aéreo que, às quintas levava o correio e os legumes, e às sextas recolhia o nosso correio e levava a carne e o peixe. Quanto ao resto, durante a estação seca, havia colunas com abastecimento de secos (feijão, grão, massas, arroz, farinha, vinho, cerveja, sei lá que mais) que aprovisionávamos para o resto da época.
Bem dito e bem feito.
Falámos com o dono da Cadelco e ficou assente que, sempre que quiséssemos, iria uma avioneta cheia de cerveja e marisco.
Aquilo é que era ver, soldados, sargentos e oficiais com um rancho melhorado de lagosta.



Boa estória ó "guerrilheiro" ...Alfacinha!!!Jv
ResponderEliminarÓ Alfacinha faz a acta do almoço porque nem sabemos quem compareceu!?!!!E depois sou eu que quando falto ficamos sem saber o que aconteceu!?!
ResponderEliminarA propósito de amendoins ou tremoços lembrou-me duma outra história. Acabado de chegar a Lourenço Marques no Niassa na Praça Mc-Mahon fui beber uma cerveja. Quando a trouxeram puderam a minha frente um prato de camarão. Nem lhes toquei. Só mais tarde é que vim a saber que aquilo era o que cá no burgo eram os tremoços para acompanhar a cerveja. Figuras de parvo!
ResponderEliminarNa esplanada da Portugália, em Luanda, os gatos vinham ajudar-nos a acabar a lagosta. Já no Luso e Teixeira de Sousa eram os pires de dobrada com feijão branco, bem picantes, que faziam as vezes dos tremoços. xxxxxxxx
ResponderEliminarA Portugalia em Luanda!… Belos tempos. Quando eu, em trânsito para Moçambique, parei em Luanda foi na Portugalia que jantei e antes também fiz figura de parvo. Depois logo conto.
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