sexta-feira, 31 de outubro de 2025

O NOVO PÓDIO DO CAMACHO!

 



AGORA, É SÓ ESCOLHER E... BEBER!

PARA ACOMPANHAR...


E QUEM, PASSADOS 50 E TAL ANOS JÁ NÃO SE AGUENTA...



E PARA ACOMPANHAR...



quarta-feira, 29 de outubro de 2025

CADA TERRA COM SEU USO...

 A propósito de amendoins ou tremoços lembrou-me duma outra história.

 Acabado de chegar a Lourenço Marques no Niassa, na Praça Mc-Mahon, fui beber uma cerveja. Quando a trouxeram, puseram a minha frente um prato de camarão.

 Nem lhes toquei. Só mais tarde é que vim a saber que aquilo era o que cá no burgo eram os tremoços, para acompanhar a cerveja. 

Figuras de parvo!


Escreve: CAMACHO


segunda-feira, 27 de outubro de 2025

PERIPÉCIAS DE UM TEMPO QUE JÁ LÁ VAI...

 


Tendo em mente o almoço/convívio de dia 23 no Pinóquio, com uma mariscada, lembrou-me de mais que um episódio acontecido na minha Companhia, quando estive em Moçambique.


Como sabem Moçambique, em especial a costa de Cabo Delgado, é fértil em camarão e lagostas.


Só que nós estávamos muito longe, mais de 500 km, de Porto Amélia (actual Pemba) ou do Ibo locais onde, por uma cerveja, um nativo ia mar fora, apanhar as melhores lagostas que conseguia.

Para além dos perigos que a travessia de Cabo Delgado acarretava, basta lembrar nomes como Mueda, Sagal, Miteda, Omar, Nassombe, Nangolo, etc. havia a falta de estradas e, as que havia, no tempo das chuvas, ficavam intransitáveis.

No entanto a gula era imensa e o desenrasca fala sempre mais alto.

Nós éramos abastecidos de frescos na época das chuvas, fruta, legumes, carne e peixe através dum táxi aéreo que, às quintas levava o correio e os legumes, e às sextas recolhia o nosso correio e levava a carne e o peixe. Quanto ao resto, durante a estação seca, havia colunas com abastecimento de secos (feijão, grão, massas, arroz, farinha, vinho, cerveja, sei lá que mais) que aprovisionávamos para o resto da época.


E se alugássemos a avioneta para nos levar umas lagostas?

Bem dito e bem feito.

Falámos com o dono da Cadelco e ficou assente que, sempre que quiséssemos, iria uma avioneta cheia de cerveja e marisco.

Aquilo é que era ver, soldados, sargentos e oficiais com um rancho melhorado de lagosta.



O preço, uma agradável surpresa, se pensarmos no aluguer da avioneta, o perigo por que ela passava ao atravessar Cabo Delgado duma ponta à outra e o próprio produto.
Para terem noção do que conto anexo cópia duma factura que guardei daquele tempo.

Bom apetite.












ESCREVE: CAMACHO

sábado, 25 de outubro de 2025

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

MEMÓRIAS DE UMA LISBOA DESAPARECIDA

 

LEITARIA BEMPOSTA (mais uma que se finou)


Na Rua Leite de Vasconcelos, 70, Lisboa, onde eu vivi desde os meus 5 anos até casar aos 26, com excepção dos três anos em que estive em Mafra, em Chaves e em Moçambique, havia dois estabelecimentos. Havia uma leitaria, no 70-B e uma tabacaria, no 70-A. A tabacaria era do Sr. Fernando Barros e a leitaria do Sr. João.

Depois de alguns anos o Sr. Barros fechou a tabacaria e o Sr. João tomou conta do local tendo encerrado o primeiro estabelecimento que ficou a servir de armazém.


A Leitaria Bemposta era local de culto pois era ali que a malta se juntava.

Havia na cave um salão de jogos com bilhar, onde eu me iniciei, com jogos de tabuleiro, com dominó, cartas, etc.

Também era local de confraternização.

Lembro-me do Sr. Silva que trabalhava na cozinha do Ritz e que levava as cabeças das lagostas sobrantes dos lautos banquetes que lá se faziam e que nós chupávamos até ao tutano. Muitas vezes a cerveja acabava e o Sr. João ia no seu Prefect buscar um barril à Portugália!



Quando apareceu a televisão, no ano de 1955, como muitas pessoas não tinham posses para comprar um aparelho, o Sr. João comprou um. Instalou-o no estabelecimento e era ver novos e velhos irem à noite ver a programação a preto e branco.

A Leitaria era também a sede dum clube que nós fundámos. Chamava-se Brasília Art e Sport que teve, segundo penso, vida efémera, embora tenha ganho alguns trofeus que estavam numa vitrina do estabelecimento.

A certa altura apareceu lá um puto, o Fernando, que servia à mesa e que depois do Sr. João se reformar, tomou conta do negócio.

Qual não é o meu espanto quando vejo que o local foi trespassado e deixou de ser a Leitaria Bemposta para ser Bemposta Café e nos comentários vem escrito que a comida é maravilhosa (embora não tenha cozinha nem zona com extração de fumos), o ambiente é óptimo, com música ao vivo brasileira!...

Tenho que passar por lá para me beliscar e acreditar no que leio.


ESCREVE: MILITÃO CAMACHO

 

 

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