POÇO DAS
MEMÓRIAS
Loucas
viagens, perpétuas,
Muros
rodeados de lama,
Sombras
cantadas em surdina,
Olhares
perdidos no vácuo,
Sem
pensamento nem luz...
A morte a
rondar o caminho traiçoeiro,
Como crime
sem sentido.
E a dor,
senhores, e a dor?
A esvair-se
do presente,
A afundar-se
no passado,
Ausente do
futuro...
E a dor de
não sentir a dor,
Mas só um
profundo desespero,
De ser
ouvido no silêncio,
Bem fundo,
de quase loucura,
No poço onde
repousam as memórias,
Lisas,
frescas, floridas,
Perdidas na
depressão onde se escondem.
Luís Pessoa -
Marinhais
Já conhecia a tua veia de prosa. Basta ler os teus contos que é a mais difícil arte de bem escrever. Agora poesia? Os meus parabéns.
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