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sexta-feira, 8 de janeiro de 2021
BILHAR E BILHARADAS
O Sr. João, dono do estabelecimento, um dia, comprou uma variante de bilhar, de que não consigo lembrar-me do nome. Só me lembro de ter um buraco, em cada lado mais estreito da mesa, ladeados por dois pinetes cada um e no meio um losango de 9 (?) pinetes. Dois jogadores ou duas equipas a jogar e a finalidade era embolsar as bolas na área adversária rebatendo ou nos pinetes ou nas tabelas da mesa. Aquilo já aborrecia e então, o "patrão", resolveu tirar os pinetes, tapou os buracos todos com cortiça, pôs um pano verde novo e aí comecei a minha vida de "bilharista". Mais tarde acabou por comprar uma mesa de bilhar, com pedra aquecida onde eu e os meus comparsas gastávamos muitas horas e dinheiro.
Comecei, mais tarde, a alargar os meus horizontes e a frequentar outras latitudes. Primeiro perto de casa - Picnic da Graça, mais tarde Cambu e hoje loja do Mini Preço e Bilhares da Graça, hoje loja de móveis. Depois, Café Nacional, hoje uma loja Celeiro, Secretaria do Benfica, fechada, Café Império, já não tem, Portugália, julgo que também não, Café Martinho, hoje um banco, Palladium, hoje um centro comercial e tantos outros de que me falha a memória..
Vem isto a que propósito?
Em tempos, chegou ao Quinto Bairro, o Silva, que todos nós tratávamos por "Puto Silva", cujo nome próprio, se não estou em erro, é Hermílio.
Um dia, conversa puxa conversa, foi parar ao bilhar.
Combinámos uma bilharada e lá fomos até ao Monte Carlo, também já desaparecido.
Eu, ufano nas minhas competências, mas sem menosprezar o "adversário".
Levei uma abada de criar bicho, ainda hoje me dói!
Pensava eu que, jogar bilhar, é como andar de bicicleta, nunca se esquece mas... mais de quinze anos sem pegar num taco é obra! (desculpas!).
Não tenho facebook mas, alguns que o tenham, vejam se dão com ele, pois gostaria e, digo mais, gostaríamos, muito de o rever.
ESCREVE: MILITÃO CAMACHO